sábado, 1 de outubro de 2011

Tudo é nosso, no País do faz de conta


O petróleo é nosso, mas, para usá-lo temos que pagar um preço alto. Amazônia é nossa, porém, devemos preservá-la para os americanos e europeus. Como este é o País do faz de conta,  para se ter uma idéia do que estou falando, a única rodovia federal ( BR 174) que liga Manaus a Boa Vista, já não nos pertence. 

Existe um trecho de aproximadamente 200 km reserva indígena Waimiri Atroari que  só se passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.

Chamo a atenção para um simples detalhe, “não passa se for brasileiro”, o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI. Agora, os americanos entram na hora que quiserem.

O que mais nos entristeceu  é saber que se um brasileiro não tiver  autorização da FUNAI mas tendo  dos americanos, pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas  não sabem falar português. Os que moram após a reserva dizem que é  comum na entrada de algumas reservas encontrarem  hasteadas bandeiras americanas ou inglesas.

Qual acordo bilateral que o governo brasileiro fez com os governos americano, francês e outros,  que em troca doaram a nossa soberania? Lembrei do então  comandante militar da Amazônia, o general  Augusto Heleno que contestou a política indigenista do governo petista, que qualificou de "lamentável para não dizer caótica". O que o general ganhou foi uma promoção rápida para reserva. Sem ser a indígena.


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