Diógenes de Sínope (413 a.C). Tornou-se um mendigo que habitava as ruas de Atenas, fazendo da pobreza extrema uma virtude; diz-se que teria vivido num grande barril, no lugar de uma casa, e perambulava pelas ruas carregando uma lamparina acessa, em plena luz do dia, alegando estar procurando homens honestos e íntegros, por estar decepcionado com a sociedade grega que estava tomada pelo cinismo e alienação, levando o poder aos indivíduos sem virtude.
A América Latina não está muito longe do comparativo corruptivo da antiga Grécia, que buscava intensamente a luxúria dos seus políticos e gestores, enquanto os brasileiros e latino-americanos produzem seus atos escusos e insanos como moedas de troca entre os aliados, tornando o Continente um paraíso para os corruptos, prevalecendo na sociedade a criminalidade urbana institucionalizada.
A diferença entre Diógenes e eu, está no conhecimento dele sobre política existencial de uma sociedade comum para todos e por acreditar que a “virtude” era melhor revelada na ação e não na teoria.
Eu, estoico, continuarei lendo “A Politeia “ escrita por ele que ataca numerosos valores do mundo grego, preconizando, entre outros, a antropofagia, a liberdade sexual total, a indiferença à sepultura, a igualdade entre homens e mulheres, a negação do sagrado, a supressão das armas e da moeda e o repúdio à arrecadação em prol da cidade e de suas leis. Que muito se compara com a realidade atual hispano-americano.
Os desmandos politiqueiros dos governantes latinos, que fazem das coisas públicas suas luxuriantes ações em campanhas incansáveis para desbancar as instituições e valores sociais, em uma corrente cínica, preferem dissimular na sociedade a corrupção.
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