“Utopias sociais, essas tentativas, boas ou más, para reordenar a sociedade humana de acordo com o princípio religioso ou político,tem plantado uma história de cadáveres”. Mario Vargas Llossa.
O escritor peruano tem razão. A história da humanidade sempre foi criada sobre muitos cadáveres que a cada revolução deixa índice alarmante em ambas as partes. No entanto, os acontecimentos se sucedem, cada uma mais desastrosa do que a outra. A sociedade perfeita não existirá enquanto o poder decisório estiver nas mãos de déspotas que só visam um todo familiar e esquecem do macro coletivo.
A busca do paraíso na terra sempre será uma utopia social, por isso, devemos aceitar como um fato irreversível que a humanidade precisa ter sonhos de liberdade para continuar o seu processo evolutivo. Portanto, a cidadania universal expressada em cada revolta politicosocial deve ser vista de um ponto de vista racional, já que os interesses nem sempre são em sua totalidade, a expressão da coletividade.
Em um primeiro momento, os lideres revolucionário sempre acreditaram estarem defendendo direitos difusos em que primavam pelas garantias sociais, negadas pelos que detêm o poder absoluto. Os fantoches sociais, principalmentes os jovens idealistas que são levados pelo emotivo e não pela racionalidade. Esse ímpeto de cidadania exacerbada, deixam-os cegos e teleguiados por interesses dos que os usam como escudos para chegarem ao poder.
Assim, a história se repete com novos personagens e cenários diferentes. Israel e palestinos vivem as turras a milênios, tendo como pano de fundo os interesses territóriais e a hegemonia religiosa. Recentemente, assistimos mais um espetáculo, desta vez patrocinada, pelos Egípcios e Líbios que cansaram dos insucessos sociais patrocinados por seus governantes, revolucionários, que só usaram a população em benefício próprio.
As promessas revolucionárias, sempre são as mesma, seja nas Américas, Europas, Ásia, África ou no mundo Árabe, de “ igualdade social”, em que o povo deve ter direito de partcipar da vida da nação, com liberdade e dignidade. Poucos foram os países que realmente, após o advento revolucionário, patrocinaram o que expressaram durante as revoltas.
Vamos esperar que os novos insurgentes dos paises do Oriente Médio, governem suas Nações com um Islã moderado com mais poder de participação do povo, e que não fiquem somente em discursos pérfidos.
*Escritor - Membro da ANE - Associação Nacional de Escritores e UBE-União Brasileira de Escritores
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