quarta-feira, 17 de outubro de 2012

In memoriam


                                                                                 

“O Brasil vive, há meses, numa gangorra de sentimentos contraditórios”- Senador Pedro Simon 




Abro um parêntese, para buscar na historia recente de nossa Pátria, a figura simples, autocrática e politicamente polida, quanto à arte de legislar. Falo de Ulisses Guimarães, símbolo de nossa própria democracia, que teve sua voz calada pelo acaso, que ainda ecoa nos corredores do Congresso Nacional, principalmente entre seus pares que há duas semanas abriram as atividades parlamentares, ovacionando-o em sessão solene. Nada mais, que justo para com sua trajetória de homem publico.


Podemos dizer: sê-lo, o farol democrático brasileiro, juntamente com o nosso conterrâneo Bernardo Cabral.  Não posso esquecer-me dos muitos heróis anônimos que assim como eles bravamente brilharam para o fortalecimento social politico brasileiro.   O orgulho pelo desempenho primoroso e inspirador do ideal nacionalista em seu momento supremo de decisão, a “Constituição de 1988”, foi o marco divisor no longo processo histórico de nossa Republica.



Hoje, nossa Republica clama por honradez e ética, uma vez que orbita na solidez republicana, a democracia da corrupção de agentes públicos, manipulados por empresários desonestos e por certos políticos cumplices, que usurpam o dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos brasileiros.



O acalanto está no outro lado da Praça dos Três Poderes: no Judiciário que ao longo dos 122 anos de historia, têm palpitado inquietações pelas constantes performances, diga-se; corruptivas, de alguns Presidentes, Governadores, Magistrados, Ministros, Senadores, Deputados (federal/estadual), Prefeitos e Vereadores, que se associam ao crime para roubar, fraudar a nossa confiança e ultrajar a moralidade pública.


 É notório que a atuação das organizações criminosas junto à Gestão Publica sempre foi marcada por suborno e financiamento de campanha eleitoral. Muitas CPMIs foram instaladas pelas duas Casas Legislativas, não produziram os efeitos práticos e esperados. Salvo melhor juízo, geraram muitos gastos no já explorado cofre publico.
 A expectativa da população e da mídia internacional, não está voltada somente para o segundo turno do dia 30 de outubro. Justa posta, estão para STF, que deve, até o final de novembro,  sentenciar os já condenados pela feitura do afanado “Mensalão”. No banco de reserva, ficaremos esperando o desenrolar da tormenta “Cachoeira”, que dorme em berço esplendido nos porões do  Senado Federal.  

 Rendo, minhas condolências, In memorie, a serenidade, ao dever do bem servir, a politica ética moral que acalenta nosso sonho de termos uma democracia plena expressada  na Carta Magna, que Ulisses Guimarães outorgou a Nação Brasileira. Com o proposito único, o de sermos reconhecidos como um povo livre e com todas as garantias constitucionais. O que ainda nos falta em determinados aspectos sociais. 

 
*Escritor-nicaciodasilva@gmail.com

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