Cá estou para conferir
de perto o andamento da política manauara. Já não me surpreende os fatos apolíticos,
divulgados pela mídia. Tudo me leva a crer, que estamos de volta ao passado
circense medievais. Na arena, estamos sendo espreitados, iguais cordeiros para
serem abatidos sem espernear, e, democraticamente.
É inadmissível em pleno
século 21, era da tecnologia digital, termos que conviver com bestialidades de
candidatos, que não apresentam nenhuma proposta concreta para a melhoria da
qualidade de vida da população, pelo contrário se digladiam em ofensas.
O horário político na
TV, diga-se de passagem, pago pelos nossos impostos, é hilariante, para não
dizer ridículo. Assisti uma enxurrada de
agressões e falácias que não levam a lugar nenhum. A novela do “ovo e da
cuspada” toma status de vedetes no horário nobre, como se a dignidade pessoal,
do suposto ofendido ou do ofensor, fosse o elo divisor para se ganhar uma
eleição.
Somente na cabeça de
marqueteiros insanos e retrógados, que pensam, chafurdando a vida alheia, seu
candidato pode sair vitorioso. O tempo gasto na propaganda com os desafetos e
sentimentalismo politiqueiros, faz com que os indecisos anulem seus votos, o
que não é bom para a democracia e nem para a cidade.
Manaus carece de
urgentes melhorias de infraestrutura urbana, na saúde, educação, segurança e
transporte. O futuro prefeito terá, um ano, para equacionar tais problemas,
antes da Copa. Quais as propostas que os candidatos ao Paço Municipal
apresentam? O que tudo indica, suas prioridades são de ordens pessoais, de
picuinhas, de desagravos e arranjadas maliciosos, em uma verdadeira enganação. A
pesquisa encomendada, é o norte para o acirramento das futricas entre os candidatos.
Pelo lado dos que
almejam ser prepostos da população, o caldo entorna, desconhecem qual o papel
que desempenha um edil. Prometem o que não serão capazes de cumprir. Aqui o
festival de besteirol é ainda maior, começando pelos nomes registrados no TRE.
É de gargalhar ou de sentir pena? Na realidade, nas mãos dos espertalhões e
raposas velhas, não passam de uns reles cabos eleitorais. Poucos são os
partidos que se preocupam na formação de seus filiados.
No interior do Estado,
as coisas não andam muito diferentes da Capital. Prefeitos que buscam se
reelegerem, usam os programas sociais como moeda de troca. Outros que sabem que
não vão ganhar, já começam a esvaziar o pouco que resta no cofre da tão
usurpada municipalidade. Não precisa ir muito longe, é só conferir o que estão
acontecendo nos municípios próximos de Manaus. Tem prefeito que já usou até o
dinheiro do Fundo Previdenciário dos Funcionários.
Obrigatoriamente, dia 7 de outubro, teremos que votar e
escolher os menos piores. Consequentemente,
embora não sendo operados alguns dos nossos direitos constitucionais, ainda
sim, estamos em uma situação de fortalecimento democrático. Quando não há
escolha, não há política, nem, no final, a democracia. Neste caso, resta para a
maioria dos eleitores, permanecerem encurralados no aprisco eleitoreiro.
*Escritor-nicaciodasilva@gmail.com
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