Cada vez mais, torno-me
curioso com a história politica
do Brasil. Cada dia que passa, reviro minuciosamente os fatos passados e comparo
com os que acontecem no presente. Lendo
antigos jornais, detive-me em uma matéria jornalística em que relatava sobre a situação social, política e
econômica do Brasil, nos anos 20 do século passado. Não divergindo muito de nossa atual
realidade.
Hoje, muita gente está rangendo com os dentes,
como naqueles dias, buscando justificar
a situação socioeconômica brasileira que anda devagar quase parando. Muito mais
complexo, os desafios de hoje em querermos exigir dos governantes uma gestão
publica de qualidade, com menos rombos na educação, saúde, saneamento, na
segurança ou mesmo na infraestrutura.
Naqueles idos, governar
era abrir estradas, para incentivar o agronegócio. O então presidente da Republica Washington
Luis, tinha essa preocupação. Resumidamente, parecia simples para ele
administrar, embora sua proposta não fosse certamente suficiente para conter os
imensos problemas sociais que o Brasil
enfrentava naquela época.
O que a historia não
relata, se existia tão abertamente, na gestão de Washington Luis, os “mensalões
e cachoeiras” nos mesmo moldes dos atuais. Acredito que essa epidemia de
falcatruas que hoje vivenciamos e até reclamamos, sejam heranças históricas dos
tempos do Brasil colônia e que estão sendo resgatado em nosso presente
histórico político democrático, pelos que ainda acreditam no colonialismo.
A aquiescência do Executivo,
em vários escândalos, fica cada vez mais evidenciada. As provas contundentes
das mazelas praticadas pelos mesaleiros e cachoeiros, não deixam duvidas quanto
sua orquestração vinda diretamente dos ministérios, beneficiando parlamentares
aliados ou não. Bem que a presidente Dilma Rousseff, tem mostrado interesse em
exorcizar seu governo da maldição petista.
Mas, em ano eleitoral,
é preciso maquiar a cara de pau de certos políticos, e, nada melhor do que emprenhar
o povo carente com programas salvadores e que rendam bons votos aos políticos
aliados, mesmo que tenham que ganhar ovadas ou cuspada, dos supostos
adversários.
A máxima é que o Governo tem, a qualquer
custo, sair fortalecido da eleição, principalmente nas capitais. 2014 começa
agora e nesta hora; capeta vira santo, doente vira cabo eleitoral, se duvidar,
defunto no dia 7 de outubro, vai votar. O imperialismo dos coronéis de
barranco, ainda existe e está em plena atividade no Brasil do século 21. O Amazonas
também tem o seu! Duvida?
Contudo, conforta-me
saber que nem tudo está perdido. Na segunda-feira (17), tivemos mais uma rodada
da extensa novela mensalão em que o
ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, tomou a decisão de votar
pela condenação de nove réus por lavagem de dinheiro, entre eles o então chefe
da Casa Civil, o todo poderoso José
Dirceu, vinculado pelo esquema no primeiro governo de Lula, que não viu nada e
nem sabia de nada. Pense em um presidente tão ingênuo? Que nos diga Marcos Valério!
A pecha
da política no Brasil é visto mundo afora por ser recheada de escândalos e mais
escândalos de corrupção, de desmandos políticos, e outras mazelas antissociais.
É lamentável o que a mídia noticia todos os dias. Os políticos brasileiros, por
séculos, não têm qualquer capacidade de intervenção construtiva na sociedade, é
algo cada vez mais distante daquilo que deveria ser sua essência. Mesmo que o
brasileiro vote corretamente, a maioria dos bons candidatos ao entrarem no
Poder se corrompe.
O que é lamentável,
para todos nós.
*Escritor-nicaciodasilva@gmail.com
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