Acredito que o leitor, tenha conhecimento ou já ouviu falar do programa Primeiro Emprego. Pois é, aquele mesmo que o presidente Lula lançou com toda pompa há 2003. Que pena, o programa naufragou, foi de correnteza a baixo, faliu, fracassou em 2006.
Somente em julho de 2003, conseguiu empregar 3.936 jovens, quando o plano inicial era 260 mil vagas por ano, o que daria 780 mil jovens empregados em três anos. O rendimento reles, de apenas 0,5% do pretendido, levou o governo a deixar de lado a idéia, inicialmente considerada brilhante, de pagar a empresa R$ 1.500 por ano para empresas contratarem jovens de 16 a 24 anos.
O que era uma das maiores promessas do governo terminou como um programa “marginal”, criando poeira no Ministério do Trabalho.
Pior do que isso, o programa hoje continua repassando dinheiro para empresas que tradicionalmente já contratam jovens e continuariam a fazê-lo mesmo que o Primeiro Emprego não existisse.
A razão do fracasso não é difícil de encontrar: a ideia do Primeiro Emprego estava errada de inicio. Partia do pressuposto de que jovens não conseguem emprego porque não têm experiência e como as contratações são caras, as empresas preferiam investir dinheiro em alguém experiente.
As duas idéias estão erradas, como já mostravam análise feita na época e concluída pelo próprio governo, quase oito anos depois do lançamento do programa Primeiro Emprego que não poderia funcionar.
A conseqüência mais imediata do desastre do programa é uma lista de mais 200 mil jovens decepcionados. São aqueles que acreditaram na idéia e estão até hoje esperando. Apenas 2% de felizardos conseguiram lugares. Projetos idênticos não deram certo na Europa, em lugar nenhum. Porque dariam no Brasil?
Por que aqui, ainda é a ilha da fantasia! Viva o Brasil!
Bom domingo para todos...
*Escritor-Mebro da ANE-Associação Nacional de Escritores
UBE - União Brasileira de Escritores
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