sábado, 17 de setembro de 2011

Nação Marginalizada - 17/09/2011

Durkein, (1897), dizia que “a criminalidade é um fenômeno social, como um fato próprio da existência humana. Diante deste quadro de violência, onde vigora a teoria da anomia – a norma estabelecida deixa de ser referência para o cidadão; onde este, por estar descrente, passa a descumpri-la”.

Não é de hoje que escrevo sobre o assunto. Posso até ser repetitivo, mas o que fazer se a bandidagem impera em nossa sociedade, partindo dos próprios gestores públicos? Não consigo, deixar de comentar sobre o que aconteceu e ainda acontece com os ribeirinhos do Amazonas. Estes servem de mão-de-obra, em condições de escravatura, para o narcotráfico internacional no rio madeira e no alto Solimões. A população pobre, diante da penúria que passa, ao receber propostas que podem ser vistas como irrecusáveis, termina aliciada pela delinquência.                                                       
Podemos dizer que somos uma Nação rica, a prova está nas ações do governo que esbanja riqueza lá fora para impressionar banqueiros e rainhas, que distribui mensalão para políticos aliados, que paga suntuosos salários para os semideuses dos tribunais e seus familiares e que 


dar salários superiores ao mínimo estabelecido por Lei a presos (auxílio-reclusão).

Internamente, joga na marginalidade os ribeirinhos, os sem teto, os pais de famílias sem emprego, que escraviza crianças com trabalho insalubre, que prostitui adolescentes por falta de uma política conscientizadora, que mata a população carente  nas filas dos hospitais, que contribui com o aumento da criminalidade por falta de segurança pública, e  que menospreza e maltrata os idosos e  aposentados pelos constantes roubos no  sistema previdenciário . Essa é a cara do Brasil varonil.

As incertezas e fragilidades em que o nosso povo se acha algemado diante da  criminalidade institucional, já deu para sentir que o calor da marginalidade está aumentado, dia após dia. Oito meses de administração de Dilma Rousseff, e  já foram trocados cinco ministros por escândalos corruptivos. O que está em jogo, agora, é a confiabilidade no Estado.


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