Faço quorum com todos que afirmam que o futuro ecológico da terra depende, em boa parte, de como a Amazônia está e será tratada. De que maneira devemos dar um tratamento e quais as perspectivas para o futuro? É fundamental para todos que a Amazônia deva ser tratada com cuidado e responsabilidade.
Devemos ter o cuidado para que não seja devastada, fazer recuperação das áreas já afetadas, estabelecer normas concretas sobre o extrativismo e utilização racional de suas riquezas naturais para que o ecossistema não seja prejudicado. Somos sabedores que dela depende, em grande parte, a alta diversidade biológica, as reservas hídricas, além de tudo, o equilíbrio climático do planeta, sendo a nossa responsabilidade maior, a de preservá-la.
Nós, brasileiros estamos acordando de um sono de desinteresse ambiental. Mais do que nunca, devemos fazer alguma coisa para deter a crescente onda do aquecimento global. Esse é o grande desafio atual que temos que enfrentar ou aceitar as devastações que ocorrerão. Não é somente com 50 bilhões de dólares de investimento, previsto pelo Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) deixado pelo governo Lula para a Amazônia, que conseguiremos diminuir o impacto do efeito estufa, provocado pelo aquecimento da terra.
No plano de Lula, nada está mencionado sobre o cuidado e a prevenção contra os eventuais impactos ambientais. Para o teólogo e ecologista brasileiro Leonardo Boff: \\“ Só iremos salvar a Amazônia se salvarmos previamente os povos da floresta. Eles sabem já há dezenas senão milhares de gerações manejar aquele ecossistema”//. Está certo Boff, nos amazônidas devemos ter o papel principal nesse esforço de preservação e desenvolvimento sustentável. Dependemos da Amazônia para minorar o clima e sobrevivermos.
Sabemos que o clima no planeta sempre sofreu alterações naturais e sobrevive às mudanças climáticas há milhões de anos. Atualmente essas mudanças vêm ocorrendo rápida e drasticamente. O sistema climático terrestre é bastante complexo. É inquestionável, no entanto, a existência do fenômeno, e ambientalistas e governos têm alertado a sociedade sobre os impactos dramáticos das mudanças no clima sobre a saúde humana e dos ecossistemas.
O que fazer para deter as mudanças climáticas ou minimizar seus impactos? Acredito que dependa da alteração dos hábitos de consumo, sistemas de produção e de geração de energia, dentre outras medidas é a de garantir a sustentabilidade da Amazônia e seus ecossistemas. Assim, resolveremos o problema do aquecimento global que não é simples, mas, depende do engajamento e compromisso de todos, incluindo governos, iniciativa privada, entidades e instituições de pesquisa e a cidadania.
Há anos, é disseminado, mundo afora, a idéia que os brasileiros não respeitam e não cuidam desse valoroso patrimônio da humanidade. Vendem a tese de que a Amazônia encontra-se por nós abandonada e que seu tesouro é acintosamente dilapidado. Justificam assim - uma intervenção na região -, sobretudo para as gerações mais jovens, que crescem sob essa fantasiosa concepção.
Não é novidade que o interesse pela Amazônia é imenso. Tão grande que já pode ser definido como cobiça. Tão explícito que é discutido abertamente, a todo o momento, numa naturalidade assustadora, pelos quatro cantos do mundo.
Em março vindouro, Manaus sediará mais um desses eventos em prol da sustentabilidade amazônica. Vamos esperar para conferir as novas propostas de preservação de nosso ecossistema.
A Amazônia é nossa e o futuro ecológico da terra depende fundamentalmente do que fizermos com o nosso maior patrimônio natural.
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